Box traz os discos Estupido Cupido (1959), Broto Certinho (1960), A Bonequinha que Canta (1960), A Graça de Celly Campello e as Músicas de Paul Anka (1961), Brotinho Encantador (1961) e outros.Você pode não saber, mas sua mãe, ou sua avó, estavam lá, no fim dos anos 50, para conferir: a paulista de Taubaté, Celly Campello, foi um fenômeno teen e, reconhecidamente, a primeira cantora de rock do país, abrindo as portas para a Jovem Guarda.
Aos 17 anos, o “brotinho adorável” já era um fenômeno, a reboque do sucesso de ‘Estúpido cupido’. Aos 18, já era a namoradinha do Brasil, tinha boneca com seu nome nas lojas, inspirou o chocolate ‘Cupido’, tocava em rádio exaustivamente, vendia discos aos botões e ganhava tantos prêmios que já não tinha mais onde guardá-los.
Mas Celly Campello não levaria a carreira adiante. Não tinha 20 anos quando se casou com um contador e aposentou a carreira, deixando alguns compactos e apenas cinco LPs, gravados em apenas três anos (1959-1961). Parte desses discos, como confirma o pesquisador musical Marcelo Fróes ao JORNAL DA PARAÍBA, nunca foi lançada em CD e estava fora de catálogo há coisa de 40 anos, pois nem em vinil esses discos chegaram a ser relançados.
Fróes reeditou toda a discografia do ‘brotinho’ na antiga Odeon (cujo catálogo pertence à EMI) e acaba de lançar os cinco discos da cantora, mais o raro Celly, de 1968, através de seu selo, o Discobertas, numa caixa caprichada com seis CDs. “A coleção original de Celly era algo que eu queria fazer há mais de cinco anos, pelo menos”, comenta.
O box traz os discos Estupido Cupido (1959), Broto Certinho (1960), A Bonequinha que Canta (1960), A Graça de Celly Campello e as Músicas de Paul Anka (1961), Brotinho Encantador (1961) e Celly, lançado em 1968, numa breve volta da cantora, após o fim da Jovem Guarda. Três desses discos trazem faixas-bônus, pinçadas de compactos avulsos.
“Esta é a discografia clássica de Celly”, informa Marcelo Fróes.
“Nos anos 70, ela gravou alguns compactos e, em 1976, após o revival provocado pela telenovela Estúpido Cupido, ela ainda gravou um álbum para a RCA. Um dia, mexo neste material”.
Os fonogramas foram remasterizados e cada CD reproduz os encartes originais dos LPs, acrescidos de textos informativos assinados pelo cantor Albert Pavão, amigo pessoal de Celly e autor de um livro sobre o rock brasileiro dos anos 50, “na pré-Jovem Guarda da qual Celly foi justamente o expoente máximo”, acrescenta Fróes.
Celly Campello morreu aos 60 anos, em 4 de março de 2003. Deixou sucessos como 'Estúpido cupido', 'Banho de lua', 'Hey mama' e 'Gosto de você meu bem'.
Nenhum comentário:
Postar um comentário